segunda-feira, 5 de janeiro de 2009

É uma vergonha

Acerca do caso da Escola do Cerco, pede-se, no blog da SEDES, que se faça uma reflexão "sobre a questão do Cerco. Que princípios devemos defender, o que vale a autoridade, como dignificar a profissão do ensino, que valores – se valores deve haver – poderão os jovens ser encorajados a respeitar?"

Deixo aqui o meu contributo....

"Este tipo de comportamentos é repudiável!

O mal está nos Pais que se alheiam da tarefa de educar, deixando na escola (e sua comunidade docente) a responsabilidade de formar as gerações de futuros dirigentes (ou não), mas cortam o raio de acção dessa comunidade, impedindo que, hoje em dia, qualquer professor possa ser mais autoritário…

Estudei numa Escola Salesiana e nela aprendi a ser “Bom Cristão e Honesto Cidadão” e não nego que por vezes, eu e os meus colegas, necessitámos de alguma repressão para nos mantermos na ordem. Havia respeito.

Hoje, não é permitido aos professores imporem o respeito. Todos sabemos que em idade escolar o respeito, não se conseguindo doutra forma, ganha-se pelo medo. Não necessáriamente um medo de repressão fisica, mas um medo de um qualquer castigo, sanção disciplinar (as famosas faltas de comportamento inscritas a vermelho numa caderneta que todas as semanas era levada a assinar ao encarregado de educação).

Está visto que o modelo actual de educação não funciona!Havia o medo das faltas, que em cúmulo podiam levar á suspensão por alguns dias, á perca do ano lectivo e, em alguns casos, á expulsão da escola.

Ensinar os alunos a trabalhar por objectivos, o primordial, chegar ao final do ano lectivo sem faltas de comportamento, premiar o bom comportamento (onde estão os quadros de honra nas escolas publicas?)

Em vez de se premiar o comportamento recto, o estudo, a boa educação, dá-se importância nacional a um acto repudiável e depois ainda vêm minimizá-lo….que exemplo estamos a dar aos mais jovens? que o crime compensa…que é “popular” e “in” aquele que mais “xingar” o professor….

Imaginemos esta “gentalha” daqui a 20 anos….

8 comentários:

Paula Raposo disse...

Gostei de te ler. Sabendo que foste um óptimo aluno e que eu talvez também tenha contribuído um pouco. Só um pouco. A ausência em anos importantes não foi benéfica. Por tudo e mais alguma coisa, orgulho-me de ti. Beijinhos. E...vou passar a seguir-te aqui.

Clarinda Galante disse...

E Como te entendo...também eu fui educada nas Doroteias, que me ensinaram tudo isso...aprendi algumas à minha custa...3 dias de suspensão por comer sais de frutos e fingir que estava a ter um ataque com a boca aespemar,rs. Faltas de material, faltas por responder mal...mas tudo isto ensinou-me e ajudou a cimentar a educação de casa...nos valores, na maneuira de lidar com os outros e no tal de respeito pela figura do professor. Mais tarde fui para um liceu...e os valores eram passados da mesma maneira!!!Agora...tudo é como tu dizes ciulpa dos papás...para quem tudo o que fazem às crianças é traumatizante....
Jhs mtos

Cadinho RoCo disse...

Não sou iniciado no assunto, não sou pai, mas sou alguém que observa o comportamento das crianças e jovens marcados pela mais escandalosa falta e educação. Há uma permissividade solta por aí muito perigosa em que adultos ficam envolvidos por artimanhas infantis e não menos perversas. Minha expectativa do amanhã desses jovens também é por demais nebulosa.
Cadinho RoCo

Ƭ. disse...

é complicado mesmo.

mas ainda acho q é preciso aprender a dizer "não" as nossas crianças.

abç,
Teresa
:)

flor disse...

Pois eu andei sempre nas escolas oficiais e tive a sorte de ter bons professores, mas tenho de deixar o grande elogio aos meus pais, que me deram sempre uma educação exemplar... e para além de lhes agradecer terem-me dado a vida, mais ainda tenho de agradecer por tudo o que fizeram por mim, para eu ser a pessoa que sou hoje...
De facto a educação tem de começar em casa...

Ƭ. disse...

sumido!!! aparece!!!
seu blog é dos melhores!!!
:)

mariabesuga disse...

Sempre actual este tema. Aliás, deixará de ser actual quando o estado das coisas mudar de figura. Mas não muda assim "do pé para a mão".

Os pais encarregados de educação interiorizaram vinda não sei de onde a ideia de que os professores é que são educadores... sempre sob o comando dos ditos pais que são encarregados... Deu no que deu... e estamos... no estado a que isto chegou.

Não podemos falar de todos da mesma maneira mas a minha experiência diz-me que é assim com uma grande maioria dos pais. Nota-se quando das reuniões escolares. Os pais presentes são sempre os mesmos e, segundo os professores, os que faltam são aqueles em quem se faz notar este tipo de atitude autoritária, eles próprios em relação de exigência com os professores como não têm com os filhos.

Era assim há 20 anos e continua...

Tenho dois filhos precisamsnte com 20 anos de diferença e estou neste momento a viver tudo igual nesse aspecto.

É um tema incómodo mas talvez que da teimosia, antes fora de de muitas teimosias, nasça uma nesga de esperança que vá abrindo portas à consciência...

Um abraço

uminuto disse...

A verdade é que o sistema de ensino está esgotado. A verdade é que a escolanão possui os meios para que os alunos cresçam com um conjunto de valores que considero fundamentais. Os pais, por vezs absteem-se de participar na educação dos filhos? É verdade, mas se os professores não tiverem meios para imporem a pedagogia, a ordem e o respeito a escola deixa de fazer sentido
um beijo